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Guarani-Kaiowá

documentação em português

Quando os europeus chegaram na América do Sul, os Guarani foram um dos primeiros povos a serem contactados. Na época, haviam mais de um milhão e meio de Guarani, distribuídos entre Paraguai, Brasil, Bolívia e Argentina. Hoje, sobrevivem apenas uma fração desse número. Os Guaranis brasileiros estão divididos em três grupos, dentre eles os Kaiowá que representam o maior com cerca de 30.000 indivíduos. Eles vivem no estado do Mato Grosso do Sul, na região centro-oeste do Brasil, fronteira com o Paraguai.

Os Guarani-Kaiowá são descendentes dos indígenas os quais, no final de 1600, se recusaram a entrar em missões jesuítas. Apesar de séculos de contato com os estrangeiros, eles mantiveram a sua identidade distinta. Eles representam um povo profundamente espiritual. Muitas comunidades possuem uma casa de oração e um líder religioso, o pajé, cuja autoridade depende mais do seu prestígio que de seu poder. Embora eles estejam divididos em grupos, os Guarania partilham uma religião a qual atribui suprema importância à terra, à origem e fonte de vida, e ao dom do “grande pai” Ñande Ru”. Os Guaranis vivenciam invasões de suas terras não só como roubo, mas também como uma grave violação de seu estilo de vida e cultura.

Seus problemas

Dede o final de 1800, os Guarani do Brasil sofrem terrivelmente com a perda quase total de seu território, o qual constantemente vem sendo tomado e destruído por rancheiros e fazendeiros. “Mato Grosso” significa “floresta densa” porém grande parte foi desmatada. Nos últimos quinze anos, grande parte da pequena área a qual os Kaiowà vem tentando proteger foi perdida, e atualmente apresenta menos que 25,000 hectares. Alguns Kaiowá vivem em reservas governamentais completamente cercadas por fazendas e plantações, outros em favelas localizadas nas margens das cidades. Nenhuma comunidade possui terra suficiente para praticar a caça, pesca e agricultura, e muitas crianças sofrem de desnutrição severa.

Para sobreviverem, adultos e jovens são forçadas a procurar trabalho temporário em plantações de cana de açúcar e em destilarias de álcool localizados ao redor de seus territórios.

Durante décadas, o Brasil vem sendo um dos maiores produtores mundiais de biocombustível, e grande parte dos seus carros funcionam a base de etanol. O país também almeja até o ano de 2010 se tornar líder em exportação de etanol, apresentando planos ambiciosos de exportar 26 bilhões de litros por ano. Grande parte da cana de açúcar da qual o etanol se deriva, é cultivada em terras ocupadas por florestas pertencentes aos Guaranis. Somente no estado do Mato Grosso do Sul existem onze moinhos de açúcar e destilarias de etanol; trinta outros em construções, e planos para um total de oitenta e quatro.

Três meses de trabalho em condições de semi-escravidão fornece aos Guarani apenas poucas dezenas de dólares por pessoa. Porém, esta fonte de subsistência está se esgotando, devido ao rápido processo de mecanização, o qual torna desnecessário a mão de obra indígena.

Ao longo dos últimos vinte anos, mais de 517 Guarani-Kaiowá cometeram suicídio; em sua maioria jovens. O mais novo, Luciane Ortiz, tinha apenas 9 anos. Cansados de esperar pela ação das autoridades, há alguns anos, os Guarani começaram a reocupar suas terras [em ações conhecidas como retomadas] provocando reações violentas de fazendeiros e de seus homens armados que intimidam, espancam e matam.

ufficio stampa_29 August, 2008

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